sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sondagem: PS e PSD quase empatados

PS e PSD estão praticamente empatados quando faltam pouco mais de duas semanas para as eleições legislativas. Há apenas dois pontos percentuais de diferença: 37% para 35%. O Bloco solidifica o terceiro lugar, com 11%.
A sondagem da Universidade Católica para o JN, DN, Antena 1 e RTP permite antever uma campanha eleitoral decisiva. Os socialistas e os sociais-democratas estão muito próximos nas intenções de voto. De tal maneira que a diferença (dois pontos percentuais) é inferior à margem de erro da amostra (2,7%). Ou seja, regista-se o que normalmente se designa como um "empate técnico".
Para esta aproximação contribuiu, sobretudo, a queda do PS. Relativamente à última sondagem da Universidade Católica, os socialistas baixam de 41% para 37%. Sendo que a recolha de intenções de voto foi efectuada entre 4 e 8 de Setembro, em pleno vendaval gerado pelo fim do Jornal Nacional de Manuela Moura Guedes, na TVI. O PSD, por sua vez, sobe um escasso ponto entre as sondagens de Abril e Setembro. No entanto, se a análise se alargar a Dezembro de 2008, data de outra sondagem, a subida dos sociais-democratas já soma cinco pontos percentuais.
Uma pergunta que fica sem resposta é se as três semanas que faltam para as eleições serão suficientes para que o PSD suba o último degrau. Se isso depender da avaliação que os inquiridos fazem de Manuela Ferreira Leite e José Sócrates, este manter-se-á no topo. É ele quem tem melhores resultados quando é descrito como "um líder forte": 63% de respostas positivas contra apenas 37% para Ferreira Leite. Vence igualmente quando se diz que "tem o que é preciso para ser um bom primeiro-ministro": 48% de respostas positivas para Sócrates, 32% para Ferreira Leite.
A líder do PSD só tem mais respostas positivas quando se diz que "é uma pessoa séria e em quem se pode confiar": 53%, contra 37% de Sócrates. Resumindo, para muitos eleitores a seriedade não é condição essencial na escolha de um primeiro-ministro.
Outra conclusão que se pode retirar da sondagem é que o PS, mesmo vencendo as eleições de 27 de Setembro, terá dificuldade em negociar uma maioria parlamentar com apenas um dos partidos mais pequenos (o cenário de maioria absoluta está afastado). É cada vez mais provável que o PS precise, em simultâneo, do apoio dos dois partidos à sua esquerda (somam 20% dos votos). O apoio solitário do PP não será suficiente. A alternativa é o Bloco Central, que por enquanto todos rejeitam.
Observando as intenções de voto mais à esquerda, é o BE que consolida a sua posição, aparecendo com um resultado de 11%, relativamente destacado da CDU, com 8%. Note-se, no entanto, que face à sondagem de Abril passado, os bloquistas perdem um ponto percentual para os comunistas.
A par da queda do PS, a mudança mais expressiva nas intenções de voto beneficia o PP, que sobe de 2% para 6%. O problema dos populares é que a subida, a confirmar-se, não será suficiente para que se transforme no fiel da balança. O nivelamento por baixo entre o PS e o PSD não permitirá a Paulo Portas conquistar esse estatuto. Nem sairá da cauda do pelotão dos partidos com representação parlamentar.
Fonte:sapo.pt

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