Legislativas 2009

Escrevo de novo sobre a política do nosso País, apesar dos comentários feitos ao meu último post. Irei dedicar este texto ao debate de ontem na SIC entre Paulo Portas (Presidente do CDS/PP) e Jerónimo de Sousa (Secretário-geral do PCP). Como é esperado em qualquer debate em que participem intervenientes de duas partes, especialmente de esquerda e direita, à sempre uma troca de ideias e desacordo. Apesar disto o debate ficou marcado pela calma dos Líderes Políticos, que na maior parte do debate se limitaram a apresentar propostas contrárias e a reagir calmamente às acusações do outro. Assim, parece que por momentos voltou a haver algum respeito na política, atacado pelos gestos do então Ministro da Economia no Parlamento, acção que não ajudou à dignificação da Política nem dos politicos.


A discussão baseou-se nos princípios idiológicos de cada um, já bastante conhecidos. O PCP naturalmente, continua a defender a nacionalização de tudo e mais alguma coisa, e o CDS a pedir que deixem em paz a iniciativa privada. No entanto, acabaram por concordar quanto à falta de qualidade da supervisão dos mercados em Portugal. Foi, como já habitualmente, lembrado o Sr. Governador do Banco de Portugal, que segundo o CDS continua de consciência tranquila a dizer que faria tudo na mesma depois de ver os casos do BPP, do BPN, e do BCP.
A nível da Agricultura, que com as Pescas são a base fundamental da Economia, e que foram desprezadas pelo Governo nestes quatro anos e meio, o PCP deixou-se ficar sem propostas, lembrando a ocupação das grandes propriedades depois do 25 de Abril, que destruiu as terras e deixou os proprietários sem nada. Após os primeiros tempos, e ao perceberem que nas cidades teriam melhores condições, deixaram as terras abandonadas, que não foram aproveitadas por ninguém, visto que nem os antigos proprietários as quiseram. Tudo isto ajudou a que os alimentos sejam importados, o que só serve para gastar dinheiro, enquanto que os agricultores portugueses deitam os exedentes fora por não haver a quem vender.
Até à próxima.