quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Legislativas 2009

Apesar do pedido de um dos visitantes do nosso blog, não irei falar sobre as minhas preferências políticas, e como tal não irei dizer qual o partido político sobre o qual recai a minha preferência. Deixo apenas o compromisso de informar quais os partidos que participarão nas eleições Legislativas de 27 de Setembro, assim como as suas propostas, e bases ideológicas. De qualquer modo irei analisar o debate de ontem entre José Sócrates (PS) e Francisco Louçã (BE).
A discussão económica baseou-se essencialmente em ataques por parte do BE ao PS devido às recentes adjudicações feitas pelo Governo à Mota Engil, referindo os casos do Terminar de contentores de Alcântara, o qual tem um contrato de adjudicação que ultrapassa 2040, sendo que esta foi feita por ajuste directo e não por concurso público. José Sócrates ripostou, afirmando que o negócio naquelas condições foi o que mais favorecia o País e a cidade de Lisboa. Após estas acusações voltou-se ao tema habitual da esquerda e da extrema-esquerda de modo especial, as nacionalizações. O BE tem como proposta que se extingam todos os PPRs e incentivos fiscais às poupanças que sejam privados e tenham opção de ser feitos através do Estado, assim como a nacionalização da Galp, vendida há poucos anos a Américo Amorim (empresário português) e a José Eduardo dos Santos (Presidente da República de Angola). O Primeiro-Ministro defendeu-se dizendo que apenas se fez o negócio da venda da Galp devido ao risco de esta empresa, pública à época, ser comprada pela Gasolineira Nacional de Itália, a ERI. Além de considerar absurdo que se proibissem os privados de oferecerem opções de PPRs assim como dos benefícios fiscais que, segundo José Sócrates beneficiam a classe média. Referiu-se ainda o projecto do Bloco de Esquerda de querer nacionalizar, ou controlar politicamente os sectores fundamentais da economia, como sendo, a banca e as seguradoras, serviços que segundo Louçã deveriam ser integralmente controlados pelo Estado, proposta com que o Secretário-Seral do PS não concordou e achou irrealista.

No desemprego viu-se também grande divergência quanto aos métodos de travar o desemprego defendendo o PS a iniciativa e obras públicas e o BE mais subsídios de desemprego.
Sócrates apelou ainda a que a esquerda se unisse contra a direita e não atacar-se internamente.
Falou-se ainda no caso recente da Madeira em que os dois concordaram em considerar que nesta Região Autónoma não existe democracia, contrário do declarado pela líder do PSD, Manuela Ferreira Leite.

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