quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Legislativas 2009

Escrevo agora sobre o recente debate televisivo entre Manuela Ferreira Leite (PSD) e Jerónimo de Sousa (PCP). A discussão iniciou-se com a política de tributações às empresas com Jerónimo de Sousa a defender que as pequenas e médias empresas pagassem menos custos contrabalançados pelos aumentos tributários aos lucros da banca. A líder do PSD refutou esta ideia defendendo que não era subindo os impostos sobre o sector bancário que se conseguiria uma maior justiça social. Ainda sobre política económica debateu-se a questão dos grandes investimentos como sendo o TGV que Ferreira Leite disse não ser uma prioridade para o país devido às fracas condições económicas, o que Jerónimo de Sousa considerou uma política isolacionista.
Na discussão do novo Código do Trabalho falou-se na maior facilidade de despedimento ou flexibilização, ponto com que o PCP não concorda. Assim o debate acabou por chegar ao tema das lutas de classes, o que veio relembrar os princípios comunistas que levaram à revolução bolchevique na Rússia, que iria transformar-se na União Soviética, ainda durante a Primeira Guerra Mundial.
Após isso, discutiu-se as políticas de Justiça apresentadas pelos dois partidos, com Jerónimo de Sousa a criticar Manuela Ferreira Leite pelo modelo de avaliação proposto para os juízes o que comparou ao regime de avaliação dos docentes, contestado pelo PSD. A Líder deste partido, que quando questionada pela moderadora referiu que este ponto não seria o mais importante mas sim a independência do Sistema Judicial e dos juízes que, segundo o PSD, foi por vezes ameaçada com algumas medidas que poderiam retirar independência aos magistrados.
A divergência marcou o debate, o que já era esperado, apesar da concordância nas críticas ao Governo.

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